Mini currículo: Formação – Analista de Sistemas, pós-graduação em Administração
Comecei minha carreira bem jovem, com 18 anos como escriturária em um grande banco paranaense, o Bamerindus. Precisava trabalhar para pagar a minha faculdade e o trabalho em banco sempre foi uma boa opção para o início profissional. Desenvolvia Sistemas, mas trabalhava na função de analista econômica financeira. Assim, busquei uma especialização na área administrativa e fiz pós-graduação em Administração.
Com sete anos na empresa, que na época já tinha se tornado o HSBC Bank Brasil, fui trabalhar na área de tecnologia. Foi aí que conheci a primeira metodologia de desenvolvimento de projetos e prontamente me identifiquei. Foi paixão à primeira, segunda, terceira vista. Hoje estou completando 20 anos só como gerente de Projetos, sendo que nos últimos dois anos também estive envolvida em Projetos globais.
Adoro o que faço. Me especializei em duas metodologias diferentes de desenvolvimento de projetos e já estou trabalhando na terceira. Implantei mais de 20 projetos nesses últimos 20 anos. Desde projetos de software, de infraestrutura, projetos regionais e globais, interagindo e gerenciando times multiculturais e multidisciplinares. Indiretamente faço a gestão de centenas de pessoas e na minha equipe mais próxima estão 12. Recentemente assumi a responsabilidade no desenvolvimento de 6 pessoas. E é sempre um desafio constante. E, mais que isso, é estimulante. Para chegar até aqui, quebrei barreiras pessoais e mesmo atuando na mesma empresa desde o início, mudei de carreira muitas vezes aqui dentro. Para trabalhar em projetos globais, o inglês intermediário não era suficiente. Me esforcei. Estudei. Me candidatei à vaga em uma área especializada em projetos na organização e conquistei não só o cargo, mas também fui premiada pela entrega bem sucedida de um dos projetos. Este projeto teve destaque locail e, global.
Hoje tenho uma aspiração particular de conquistar uma oportunidade internacional. Considero o relacionamento com diversas culturas muito rico e gostaria de poder ver isso mais de perto. Meu marido, sempre foi o grande incentivador. Temos dois filhos e a volta dos períodos de gravidez, sempre requereram um desempenho a mais para recuperar o tempo que estive afastada. Mas também serviram de motivação para me dedicar mais, para buscar novas alternativas. Na área que estou ainda somos poucas mulheres na mesma posição. Na verdade duas, eu e outra executiva, por isso incentivo muito as várias mulheres que estão galgando posições melhores, atuando até como coaching de algumas delas. Acredito que tenho muitas barreiras para superar e oportunidades a ocupar. Quero poder vivenciar um modelo de gestão executiva feminina que atenda as necessidades atuais, sem culpa. Não se pode ter medo de arriscar, de se expor e de impor sua visão. Chegamos onde quisermos, se assim quisermos e trabalharmos com afinco para isso.
Dica de vida
“As mulheres precisam perder o medo de achar que não estão prontas. É como em uma viagem, sempre a gente acha que para fazê-la precisa comprar algo mais. Assim somos ao assumir uma posição de liderança, sempre achamos que falta uma competência. Não tenha medo de se expor, de arriscar, de ir em frente.” Cleia Straiotto Fabri.