Mini currículo: Formação – Publicitária.
“Faça o que puder, onde estiver e com o que tiver”, essa frase de Roosevelt foi um dos grandes conselhos que meu pai me deu e é o que traduz muito do meu jeito de ser.
Desde criança, meu pai Luís Mário e minha mãe Regina foram meus grandes inspiradores, tanto para seguir uma carreira executiva, como também para construir uma vida feliz em família com respeito, equilíbrio e harmonia. Meu pai tem formação em Ciências Contábeis e sempre foi um guerreiro de vasta sabedoria que enfrentou as dificuldades ao longo do caminho e superou tudo de cabeça erguida, fazendo o bem e agindo sempre. Minha mãe, médica, por um período precisou abdicar da profissão para cuidar da minha irmã, Juliane, que sofria de uma doença degenerativa. Aos 11 anos, minha irmã faleceu. Minha mãe retomou os estudos, fez especialização, voltou ao mercado de trabalho e sempre foi uma profissional dedicada, entusiasmada, satisfeita em poder ajudar as pessoas com o que tinha ao seu alcance. Via meus pais em uma carreira bem sucedida e me questionava em como evoluir para o mesmo caminho. Outra fonte de inspiração sempre foi minha tia Margaret, que considero uma madrinha de coração. Ela me influenciou muito em seguir a carreira executiva. Pessoa independente, ela sempre diz: “Se você quer uma coisa, conquiste! Saiba valorizar suas escolhas!”.
Foi assim que aos 21 anos comecei a empreender. Sempre gostei muito de música – estudei piano clássico, canto lírico, e cursei por dois anos o curso de Bacharelado em MPB na Faculdade de Artes do Paraná – e meu sonho era poder conciliar o “hobby” com o “ganha pão”. Quando me formei em publicidade descobri que a produção de áudio poderia ser um caminho. Eu e meu noivo (Guto Teixeira), abrimos uma produtora chamada Tape it Easy e iniciamos o empreendimento. Permaneci por dois anos como sócia e após esse período senti vontade de conhecer e explorar o campo de agências de publicidade e coloquei meu curriculum no mercado de trabalho. Recebi o convite da agência Competence, de Porto Alegre, para uma vaga de assistente de atendimento. Iniciei como assistente e após três anos assumi o cargo de Executiva de Atendimento. Tinha uma jornada de trabalho puxada e como sempre fui bastante exigente com minha produtividade profissional dedicava o tempo que tinha para o trabalho, sem muito equilíbrio entre vida pessoal, social e profissional. Naquele momento enxergava minha vida apenas como uma execução; uma fórmula matemática: ‘tenho X horas para completar essa tarefa, metas precisas na vida profissional, uma atividade física para manter minha vida em equilíbrio, sono de qualidade, alimentação saudável, vida social e é isso’. Sonho! Que sonho? Quando minha irmã ainda era viva, meus pais trabalhavam como se não houvesse amanhã, com foco em sustentar e trazer a cura para dentro de casa. Essa foi a cultura em que cresci, não posso perder tempo com besteiras. Preciso produzir, ser útil, ajudar as pessoas e trabalhar duro.
Após quatro anos, mesmo recebendo uma promoção de cargo e salário na agência, decidi sair. Com 28 anos a sensação era que eu tinha muita coisa para aprender fora daquele ambiente. E realmente tinha, saí da agência e recebi o convite para coordenar a comunicação de um projeto escrito para a lei Rouanet, tratava-se de um livro que relatou histórias individuais das executivas do grupo MEX-PR “Mulheres, elas fazem história”. Para coordenar o projeto atuei como consultora de comunicação. E essa experiência me permitiu desenvolver também outros projetos no ramo de planejamento de comunicação, entre eles, o projeto gráfico da revista RNTI do setor de Tecnologia da Informação. Nestes três anos me aproximei do setor de TI que me despertou bastante curiosidade principalmente no potencial tecnológico e na automação de processos. Em janeiro de 2015 fui convidada para um novo desafio, assumir o cargo de gerente regional a empresa CDS em Curitiba, fundada há 11 anos em Brasília. E em fevereiro/15 iniciei esta nova jornada. Hoje trabalho na prospecção de novos clientes, com o desafio de abrir novos projetos para a empresa.
Realizar projetos artísticos e manter uma carreira executiva me motivam a ser uma pessoa mais feliz. Gosto de cantar, dançar, pintar e manter minha alma em movimento. Uma grande amiga me chama de “Rouxinol” e ela tem razão, quando canto sinto que estou mais perto do céu. Vejo como um grande desafio o desejo de seguir uma trajetória artística conciliada com a carreira executiva. Há três anos, reunida com um grupo de amigas descendentes de japoneses, estruturamos um projeto artístico pelo resgate das nossas raízes. E desta conversa já estamos no terceiro ano do espetáculo EN, produzido pelo Instituto Enlaços, o qual fundamos no ano de 2014. O espetáculo enfatiza uma apresentação artística de celebração à cultura nipo-brasileira, mostrando a riqueza desta mistura cultural e homenageia de forma simbólica os ancestrais que iniciaram este processo vindo ao Brasil. O instituto está caminhando para sua terceira edição com apresentações em Curitiba e São Paulo. Estou feliz e sei também que estou no início da minha carreira. Afinal, sinto a inspiração presente quando há muito a ser feito.
Dica de vida –
“Entenda o que move você e busque a sua liberdade com maturidade. Tenha sensibilidade para reconhecer seus talentos e aplique-os na rotina profissional. Viva com seriedade o seu presente. Afinal, a vida é um grande presente. Basta estar vivo para acontecer” Thayse Luchetta
